É um assunto bem profundo e extenso. Haja café! hahahahaha Eu creio que o impacto dessa decisão junto às novas gerações existirá, claro, mas continuará limitado. A igreja é uma instituição conservadora e, como o Papa Emérito Bento XVI escreveu em seu último texto, a tendência é que a igreja fique cada vez menor e mais focada nas pessoas que de fato mergulhem nos dogmas dela. Tendo a concordar com essa visão porque isso já está acontecendo. Eu vou a missa todos os domingos acompanhando a minha mãe e a quantidade de pessoas jovens é bem limitada. Sem contar que "dos muros para dentro" a igreja precisa se resolver com seus próprios fantasmas de sexualidade e misoginia. E aí é um problema até maior. Considerando que, apesar das redes sociais (ou por causa delas, talvez) as novas gerações estão com a mente mais aberta, haverá um conflito entre a teoria e a prática que será percebido e rechaçado.

Quanto a fala do Papa sobre "a ação continua sendo pecado" ela foi dita várias vezes por ele. E novamente antes da decisão sobre a benção a casais homoafetivos. E, há alguns dias (ainda em 2023) em um comunicado do Vaticano dizendo que a decisão do Papa não significa que a igreja "esqueceu seus dogmas" e retirando que "ainda é pecado".

Por fim, se pararmos para pensar, há décadas, mesmo sem essa "divina" decisão, houve abertura e mais conscientização em relação às mulheres e à população LGBTQIA+ por causa dos movimentos sociais e da exposição na mídia. As igrejas tiveram zero influência nisso. Se não fosse o cinema, a música, o teatro, os médicos, psicólogos, a própria OMS, as ONGs, o movimento feminista, estaríamos queimando em fogueiras e o Papa hoje daria sua benção para cinzas.

Ufa, que reflexão! hahahahah Obrigado pela leitura e pela oportunidade de diálogo. É isso que alimenta a transformação. A revolução vem pelo diálogo! 😊