Não fujas de mim, nobre desconhecido…
Pois minhas garras se quebram ao aceno
Minhas presas se dissolvem em sorriso
Estes olhos sérios escondem um amigo.
Não fujas de mim, nobre colega…
Pois esta arrogância esconde tristezas
E a maldade que vês é só a máscara
De alguém com medo de si mesmo.
Não fujas de mim, nobre amigo…
Pois minha distância afoga saudades
A força que vês esconde inverdades
De alguém que busca verdades.
Não fujas de mim, nobre irmão…
Todos os reis precisam de abraço
Cicatrizes doem e preciso de ajuda
Lágrimas caem em oceano vazio.
Não fujas de mim, Tu, que me olhas…
Pois meus joelhos doem ao Teu encontro
O descrédito já toma minh’alma
Não Te encontro mais dentro de mim.
Não fujas de mim, ó mundo cruel…
Cheio de tolos com roupas bonitas
Pecadores de mãos estendidas
Maus causando feridas.
E agora que vi tudo isso
Não precisas mais fugir de mim
A vergonha já toma meu ser
Eu mesmo fugirei de ti.